Na próxima sexta-feira, dia 20 de dezembro, o governo do Rio Grande do Sul realizará o pagamento integral da folha do 13º salário dos servidores do Executivo, mantendo a regularidade no pagamento da gratificação natalina que vem sendo observado desde 2021. Em 2024, metade do benefício já havia sido antecipada em junho, como medida de apoio aos mais afetados pelas enchentes e parte das ações do Plano Rio Grande. Este é o terceiro ano consecutivo em que a folha conta com alguma forma de antecipação.
Desde 2021, o governo tem promovido esforços para regularizar e antecipar os pagamentos. Naquele ano, foram quitadas pendências do 13º de 2020 e o benefício foi pago em dia pela primeira vez desde 2015. Em 2022 e 2023, o Estado seguiu o mesmo padrão, priorizando os pagamentos em prazos ajustados e antecipações.
O governador Eduardo Leite destacou as mudanças significativas no equilíbrio fiscal do Estado após reformas e ajustes. “Há poucos anos, enfrentávamos atrasos frequentes, inclusive em salários, repasses e fornecedores. Hoje, temos um cenário diferente, com pagamentos em dia e capacidade de investimento, fundamentais para a recuperação após calamidades e implementação de ações estruturantes”, afirmou.
O 13º salário de 2024 representa R$ 2 bilhões injetados na economia gaúcha, conforme dados do Tesouro Estadual. Em junho, foram pagos R$ 930 milhões, e agora, na segunda parcela, serão mais R$ 1,1 bilhão. A antecipação já auxiliou famílias a mitigar os impactos das enchentes, enquanto o restante ajudará no planejamento financeiro de fim de ano. Segundo o subsecretário do Tesouro, Eduardo Lacher, a antecipação exigiu esforço extra dos servidores devido à indisponibilidade de sistemas durante as chuvas.
O pagamento regular dos salários foi retomado em novembro de 2020, marcando uma virada na gestão financeira estadual. De acordo com a secretária da Fazenda, Pricilla Santana, a regularização dos pagamentos foi fruto de reformas, privatizações e adesão ao Regime de Recuperação Fiscal. Apesar dos avanços, ela enfatizou que o Estado ainda enfrenta desafios com passivos elevados, como precatórios e dívida com a União, que superam R$ 100 bilhões.
“Precisamos preservar essa conquista com responsabilidade fiscal e continuidade no controle de gastos”, reforçou Santana.