A 8ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul condenou, em 28 de novembro, uma gerente de banco privado em Porto Alegre por estelionato. A decisão, que atendeu a um recurso do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), determina que a ré devolva R$ 1,615 milhão aos herdeiros de um idoso vítima do golpe, a título de indenização por danos materiais. Além disso, a gerente foi sentenciada a uma pena de três anos e sete meses em regime aberto, acompanhada do pagamento de multa.
O crime ocorreu em 2017, quando a gerente, utilizando sua posição no banco, induziu um cliente idoso, com quase 80 anos e problemas cognitivos, a transferir mais de R$ 1,6 milhão. Os valores foram utilizados pela acusada para adquirir e mobiliar um apartamento, bem como para pagar despesas pessoais.
De acordo com o procurador de Justiça Roberto Neumann, autor do recurso, “sabedora de que não poderia receber tal formoso presente, a gerente fez com que os valores caminhassem por contas diversas, sem que pudesse a operação ser detectada pelo sistema de compliance do banco”.
Inicialmente, a gerente havia sido absolvida pela Justiça em primeira instância. Contudo, o Ministério Público, insatisfeito com a decisão, recorreu ao Tribunal de Justiça, que reverteu o julgamento e a condenou pelo crime de estelionato.