Geólogo de Carlos Barbosa embarca em expedição científica à Antártica para desvendar mistérios climáticos

Rodrigo do Monte Guerra e equipe investigam o passado do continente mais frio do planeta

O geólogo Rodrigo do Monte Guerra, natural de Carlos Barbosa, está se preparando para sua terceira jornada científica à Antártica, uma missão que promete revelar detalhes sobre o clima do passado. Ele integrará uma equipe de seis pesquisadores que partirá no dia 29 de dezembro com destino à Ilha James Ross. Durante mais de um mês, o grupo estará em uma das regiões mais inóspitas do planeta, coletando amostras de rochas, fósseis e sedimentos que serão analisadas nos próximos anos para compreender as mudanças climáticas que moldaram a região ao longo de milênios.

Com o apoio do Programa Antártico Brasileiro (Proantar), a expedição tem como objetivo estudar os vestígios deixados no solo antártico, considerados como “páginas de um livro da Terra”. Guerra explica que cada ilha oferece uma perspectiva única sobre diferentes períodos da história geológica do planeta. Ele já participou de outras duas expedições à Antártica, em 2019 e 2024, e relata que cada local possui paisagens e ecossistemas distintos, desde formações rochosas que lembram Marte até áreas cobertas por musgos e vida selvagem.

Além das atividades de campo, Guerra também trabalha para compartilhar o conhecimento adquirido. Ele possui um acervo impressionante com mais de 10 mil itens, incluindo fósseis, minerais e meteoritos coletados em expedições ao redor do mundo. Esse material é frequentemente exibido em escolas e eventos na Serra Gaúcha, e o pesquisador está agora empenhado em criar um museu fixo em Carlos Barbosa. A iniciativa visa transformar o espaço em um centro de pesquisa e aprendizado, permitindo que a comunidade e estudantes tenham acesso a esse rico acervo científico.

Para tornar o museu uma realidade, Guerra iniciou uma campanha de arrecadação de fundos com o objetivo de alcançar R$ 80 mil para mobiliar o espaço já reservado para o projeto. “Quero que o museu seja um local de curiosidade científica, onde as pessoas possam aprender mais sobre a ciência de forma prática e interativa”, destaca. Essa visão reflete o compromisso do pesquisador em inspirar novas gerações e promover o conhecimento científico na região.

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