Filho se torna principal suspeito de assassinatos da mãe e padrasto em SC

Investigação revela herança e controle de bens como possíveis motivações para o crime ocorrido em Itajaí

A morte de Susimara Gonçalves de Souza e Pedro Ramiro de Souza, mãe e padrasto do principal suspeito, abalou Santa Catarina. Na última segunda-feira (2), a Polícia Civil de Itajaí trouxe novos desdobramentos sobre o caso em uma coletiva de imprensa. Segundo o delegado Roney Péricles, foi confirmada a participação do filho de Susimara no duplo homicídio, ocorrido na madrugada de 23 de novembro, em Itajaí, no Litoral Norte do estado.

O delegado explicou que o comportamento do suspeito levantou suspeitas desde o início. Durante os depoimentos, ele mostrou várias vezes o celular contendo uma conversa com a mãe, que teria ocorrido pouco antes do crime. Roney destacou: “Chamou a atenção no primeiro momento. Ele espontaneamente abriu a conversa e fez questão de mostrar para os investigadores.” Apesar disso, a mensagem apresentada não revelou informações relevantes para a investigação.

Crime bem arquitetado

De acordo com a Polícia Civil, o crime foi meticulosamente planejado. Os criminosos entraram na residência utilizando o controle do portão eletrônico, aproximadamente duas horas antes da chegada do casal. Permaneceram no local por mais uma hora após o retorno de Susimara e Pedro, demonstrando total controle sobre a dinâmica do assassinato.

Filho é identificado como principal suspeito

O trabalho investigativo encontrou evidências decisivas contra o filho de Susimara. Imagens de câmeras de segurança mostraram uma motocicleta, deixada a cerca de dois quilômetros da casa do casal. O veículo foi rastreado até o endereço do suspeito, ligando-o diretamente ao local do crime.

Conforme o delegado Roney Péricles, a motivação inicial do crime está ligada à disputa pela herança, ao controle da empresa do casal e à sucessão de bens. Os acusados responderão por homicídio qualificado, caracterizado como motivo torpe devido à natureza da motivação.

O caso continua sob investigação, mas os elementos apresentados reforçam a complexidade e a frieza envolvidas no planejamento do duplo homicídio, que chocou toda a comunidade de Itajaí.

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