Num dia marcado por tensões no mercado financeiro, o dólar comercial encerrou esta sexta-feira (13) vendido a R$ 6,035, registrando uma alta de R$ 0,026 (+0,43%). Apesar da intervenção do Banco Central (BC), que vendeu US$ 845 milhões das reservas internacionais, a moeda norte-americana continuou acima de R$ 6.
A cotação chegou a abrir em baixa, mas inverteu o movimento ainda pela manhã e desacelerou apenas no meio da tarde, sem voltar aos níveis anteriores. Essa foi a segunda intervenção do BC no câmbio em dois dias, na tentativa de conter a alta da moeda.
Enquanto isso, o mercado de ações teve um dia ainda mais negativo. O índice Ibovespa, principal indicador da B3, caiu 1,13%, encerrando o dia aos 124.612 pontos, o menor nível desde 28 de novembro. Este foi o segundo recuo consecutivo na bolsa.
De acordo com analistas, fatores internos e externos impactaram o mercado nesta sexta-feira. No cenário externo, o dólar valorizou-se globalmente, especialmente diante de aplicações financeiras tradicionais, como o ouro.
No entanto, o cenário doméstico teve maior peso. A desconfiança de que o Congresso desidrate o pacote de corte de gastos do governo elevou a cautela dos investidores. A aprovação do pacote enfrenta obstáculos, como a necessidade de liberação de emendas parlamentares e o prazo curto antes do início do recesso legislativo na próxima semana.