Cinco membros de uma mesma família enfrentaram uma tragédia após consumirem um bolo durante uma confraternização em Torres, no litoral do Rio Grande do Sul. O encontro, ocorrido na antevéspera do Natal, deixou três mortos e dois internados em estado grave. Os sobreviventes, incluindo uma criança de 10 anos e a responsável pelo doce, apresentaram melhoras e seguem em observação na UTI. A Polícia Civil investiga se a causa foi uma contaminação bacteriana ou envenenamento, já que produtos vencidos foram encontrados na residência da cozinheira.
O episódio aconteceu em um apartamento usado para veraneio por Neuza Denise Silva dos Anjos, uma das vítimas fatais. Neuza e suas irmãs, Zeli Terezinha Silva e Maida Berenice Flores da Silva, prepararam o bolo que foi compartilhado durante um café da tarde. A filha de Neuza, Tatiana dos Anjos, de 43 anos, também faleceu após ingerir o doce. A Polícia Civil já recolheu amostras do bolo e aguarda os laudos periciais para confirmar a origem do problema.
Familiares relataram que, poucas horas após consumir o bolo, os presentes começaram a sentir sintomas graves, como diarreia e vômitos. As vítimas foram rapidamente hospitalizadas, mas três delas não resistiram. Entre os ingredientes do doce, suspeita-se de uma contaminação bacteriana em ovos ou outros itens vencidos, encontrados na casa da cozinheira, localizada em Arroio do Sal. O delegado responsável, Marcos Vinícius Veloso, informou que também será investigada a morte do marido de Zeli, ocorrida em setembro sob circunstâncias semelhantes.
As vítimas, que tinham uma forte ligação com Canoas, foram veladas no Cemitério São Vicente, onde duas já foram sepultadas. A terceira vítima aguardava a liberação do corpo. A tragédia comoveu a comunidade local e reforçou o alerta sobre o uso de alimentos vencidos ou mal conservados. Enquanto isso, a polícia não descarta nenhuma hipótese, incluindo a possibilidade de ação intencional.
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