Com investimento de R$ 3,62 bi, governo federal realiza maior leilão portuário da história
Áreas arrendadas estão localizadas no Rio de Janeiro, Alagoas e Amapá. Um dos portos leiloados foi o de Santana (AP), cujo lance vencedor foi de R$ 58 milhões
O governo federal realizou na tarde desta quarta-feira (18) o maior leilão portuário da história, incluindo propostas para o porto de Itaguaí (RJ). Com oferta de R$ 1 milhão e sem concorrentes, a Cedro Participações, representada pela Ágora, venceu o leilão do terminal fluminense.
O certame também incluiu outros dois terminais. Juntas, as três áreas contam com investimentos previstos de R$ 3,62 bilhões, de acordo com o governo federal.
Outro porto leiloado foi o terminal de Santana (MCP03), no Amapá. Nesse caso, o lance vencedor foi de R$ 58.060.000,00, apresentado pela Rocha Granéis Sólidos de Exportação, representada pelo Itaú.
A área do porto é tida como estratégica para o desenvolvimento do Arco Norte.
Em relação ao terminal amapaense, o contrato firmado foi de 25 anos, com investimentos da ordem de R$ 89,9 milhões na construção de silos, sistemas de descarregamento e expedição de grãos, além da ampliação do Píer 1 para aportar navios de grande porte.
O terceiro terminal incluso no certame foi o Porto de Maceió (MAC16). O arremate ficou por conta do Consórcio Britto-Marcelog, representado pela Terra Investimentos, com lance de R$ 1.451.000,00. A previsão é de que sejam investidos no porto R$ 6,2 milhões, ao longo de cinco anos.
O leilão do 2º bloco de arrendamentos portuários foi realizado na sede da B3, em São Paulo, e contou com a presença do ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho. Na ocisão ele destacou o cenário econômico do setor ao longo de 2024, e apresentou as perspectivas para os próximos anos.
“Nesses últimos 10 anos, nós tivemos 45 leilões na B3 e, em pouco menos de quatro anos, nossa meta é fazer em torno de 55 leilões no Brasil, com a perspectiva de investimento na ordem de mais de R$ 30 bilhões de reais. E esperamos, ao final, chegarmos a uma carteira de quase R$ 60 bilhões de investimentos privados no Brasil”, pontuou.
“Além disso, estamos fechando o ano de 2024 com crescimento na ordem de quase 6% no setor portuário brasileiro, com o setor de contêineres crescendo mais de 15% no Brasil. É o maior aumento dos últimos 10 anos, pelo crescimento, pelo grande volume de investimentos contratados”, complementou o ministro.
O secretário Nacional de Portos, Alex Sandro Ávila, também esteve presente no leilão. Na ocasião, ele reforçou a relevância do modal para o crescimento econômico do país e afirmou que a agenda de 2025 já está em planos.
“Já temos data para a nossa primeira sessão de leilão – dia 21 de fevereiro [de 2025], quando temos programado uma área de Paranaguá (PR) e outras três ou quatro que estamos programando para, na mesma data, fazermos o primeiro bloco. Estamos encerrando o ano com a conclusão da modelagem do nosso Tecon Santos 10, já temos os estudos finalizados e estamos realizando nossa revisão técnica para avançar. Também concluímos a primeira versão, junto ao BNDES, do modelo de concessão do canal do Porto de Santos,” ressaltou.
Porto de Itaguaí (RJ)
A estimativa do governo é de que haja um investimento de R$ 3,5 bilhões no Porto de Itaguaí. Os recursos devem ser aplicados na construção do novo terminal ITG02, voltado à exportação de minério de ferro. A concessão é de 35 anos.
O terminal, que terá capacidade de movimentar 21,4 milhões de toneladas por ano, conta com uma área de 249 mil m². Considerado um dos principais polos de exportação do Brasil, o Porto de Itaguaí é responsável pela geração de 333 empregos diretos.
Atualmente com três terminais portuários, o Porto de Itaguaí conta com uma capacidade de movimentação de 3.542.738 de toneladas e de contêineres de 13 mil TEUs (unidade de medida utilizada para calcular a capacidade de carga de contêineres).
Principais cargas importadas
- Carvão
- Coque de hulha e outros
- Carga conteinerizada
- Alumina
- Produtos siderúrgicos
Principais cargas exportadas
- Minério de ferro
- Carga conteinerizada
Vale destacar que a infraestrutura rodoviária que atende a movimentação de cargas no porto é composta, sobretudo, pelo conjunto de rodovias que abrangem a BR-101 (Rio-Santos), a BR-465 (antiga Rio-São Paulo), a BR-116 (Rodovia Presidente Dutra), a BR-040 (Rio-Juiz de Fora) e as rodovias estaduais RJ-099 (Piranema) e a RJ-105 (Estrada de Madureira).
Porto de Maceió (AL)
O Porto de Maceió opera por meio de uso público e movimenta, entre outros produtos, concentrado de cobre – considerado um mineral importante para o setor industrial. Só em 2024, o porto movimentou 59,924 toneladas dessa mercadoria. De janeiro a dezembro deste ano, a carga mais movimentada foi de açúcar a granel, com um total de 601,912 toneladas. Levando em consideração todos os produtos, foram movimentadas 1.700.906 toneladas.
Comparativo para granéis sólidos e líquidos de janeiro a dezembro de 2024:
- Granéis Sólidos – 1.377.292 toneladas
- Granéis Líquidos – 238.586 toneladas
- Carga Geral – 85.028 toneladas
Atualmente, o Porto de Maceió dispõe de 16 áreas afetas às operações portuárias, entre as arrendadas e as disponíveis para arrendamento. O local também conta com um terminal de passageiros, além de balança rodoviária eletrônica para uso público, com 26m² de área e capacidade de até 140 toneladas.
Outros produtos movimentados pelo Porto de Maceió em 2024:
- Trigo a Granel – 13,681 toneladas
- Coque de Petróleo – 39,137 toneladas
- Clinker – 49,033 toneladas
- Fertilizantes – 125,633 toneladas
- Sal – 146,035 toneladas
- Óleo Diesel – 92,551 toneladas
- Gasolina – 471,141 toneladas
Porto de Santana (AP)
Localizado à margem do Rio Amazonas, no canal de Santana, o Porto de Santana fica a 18 km de Macapá, capital do estado do Amapá. Trata-se de um ativo estratégico para o desenvolvimento do Arco Norte – uma região que abrange portos e estações de transbordos em estados como Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia e Maranhão.
Os dados mais recentes disponibilizados pela Companhia Docas de Santana mostram que a unidade chegou a movimentar 886.900 toneladas no último ano analisado (2016), entre produtos como cimento, cavaco, eucalipto, soja, arroz, trigo, entre outros. O pico foi atingido em 2012, com 8.511.139 toneladas.
Estrutura
- Cais A: conta com 200m de extensão, profundidade de 12m e um berço próprio para navios tipo Panamax.
- Cais B: dispõe de 150m de extensão, 11m de profundidade e um berço, atende às navegações de longo curso e de cabotagem.
- 1 armazém de 2.800m² para carga geral
- 1 galpão de 1.500m²
- 1 pátio de 3.000m²
- Pátio de Contêineres com 16.500m², com capacidade para 900 TEUs.
Fonte: Brasil 61
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A China vai levar a maioria! Duvida?
Mais dinheiro pá cunpanheirada
Leiloa tudo, vende e devolve para os índios… Vende e gasta com a janja .. não tem mais onde arrancar dinheiro..