Um ciclone subtropical nomeado de Biguá está prestes a se formar na costa do Sul do Rio Grande do Sul neste sábado, trazendo ventos intensos que podem atingir marcas entre 100 km/h e 120 km/h. O Litoral Sul será o mais afetado, com rajadas extremas na região do Taim, Pelotas e arredores da Lagoa dos Patos. Este evento climático, considerado raro, é marcado pela trajetória retrógrada do ciclone, movendo-se do oceano para o continente.
A MetSul Meteorologia alerta para os riscos de queda de árvores, postes e destelhamentos, além de impactos significativos no fornecimento de energia elétrica, especialmente na área atendida pela CEEE Equatorial. Além dos ventos fortes, há previsão de chuvas localizadas e intensas, que podem causar alagamentos em algumas áreas do Sul e do Leste gaúcho. A chuva, embora não seja generalizada, poderá atingir acumulados superiores a 100 mm em pontos isolados.
O fenômeno ocorre devido ao aprofundamento de uma área de baixa pressão sobre o oceano, que ganha características subtropicais ao longo de sua formação. Diferente dos ciclones extratropicais, comuns na região, os subtropicais possuem parte do centro com características quentes, sendo assim nomeados pela Marinha. Biguá, que deve receber esse título, é uma referência a uma ave marinha na língua tupi.
Com os modelos meteorológicos finalmente convergindo em suas projeções, os meteorologistas têm maior clareza sobre a intensidade e o impacto do ciclone. Este evento reforça a necessidade de atenção redobrada por parte da população e autoridades locais, especialmente neste fim de semana, para mitigar os danos e evitar maiores transtornos.