Após uma semana da queda de avião em Gramado: investigação segue sem prazo para conclusão e vítimas são identificadas
Tragédia deixa 10 mortos e 17 feridos; equipe aguarda laudos periciais para esclarecimento das causas
Uma semana após o trágico acidente aéreo em Gramado, no Rio Grande do Sul, as investigações continuam em andamento. O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) está analisando as possíveis causas da queda, mas ainda não estabeleceu um prazo para encerrar os trabalhos. A Defesa Civil também permanece mobilizada, avaliando os danos materiais deixados pelo impacto da aeronave, que atingiu um prédio, uma casa, uma pousada e uma loja de móveis.
O acidente, ocorrido no dia 22 de dezembro, vitimou dez pessoas que estavam a bordo do avião. Entre as vítimas fatais, identificadas como membros da mesma família, está o empresário Luiz Cláudio Salgueiro Galeazzi, que pilotava a aeronave. Luiz era CEO da Galeazzi & Associados e tinha uma trajetória de destaque no ramo empresarial. Tragicamente, ele já havia perdido a mãe em um acidente aéreo em 2010. Outras 17 pessoas que estavam em solo ficaram feridas, sendo a maioria por inalação de fumaça. Duas mulheres continuam internadas em estado estável em UTIs de Porto Alegre.
A identificação das vítimas foi realizada em duas etapas: papiloscopia para corpos com impressões digitais preservadas e exame de DNA para aqueles em condições mais críticas. Até agora, três vítimas foram identificadas por digitais, enquanto os exames de DNA seguem em andamento. A Polícia Civil, liderada pelo delegado Gustavo Barcellos, aguarda os laudos técnicos para avançar na apuração das causas do acidente, que ainda não foram determinadas.
O avião de pequeno porte havia decolado do aeroporto de Canela com destino a Jundiaí, São Paulo, mas caiu cerca de 9h15 após atingir a chaminé de um edifício. As imagens capturadas por drones mostram o trajeto do impacto, que se estendeu por várias quadras. A tragédia marcou profundamente a comunidade de Gramado, que ainda contabiliza os prejuízos materiais e humanos deixados pela queda.