Um relatório técnico divulgado pelo Instituto de Geociências da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) revelou que o município de Veranópolis sofreu com 636 movimentos de terra durante as fortes chuvas de maio de 2024. A análise, publicada em 29 de outubro, mapeou cerca de 18 mil km² com o auxílio de imagens de satélite de alta resolução, abrangendo os efeitos das cheias que impactaram o Rio Grande do Sul entre abril e agosto de 2024.
Caxias do Sul liderou o levantamento, com 656 cicatrizes de movimentos de massa. Veranópolis ficou logo em seguida, com 636 marcas no relevo, caracterizadas como cicatrizes de deslizamentos, fluxos de detritos e lama, quedas de blocos e rastejamento de solo.
O estudo, realizado pelo Laboratório Latitude do CEPSRM, destacou os 60 municípios mais afetados, sendo os cinco primeiros:
- Caxias do Sul – 656 cicatrizes
- Veranópolis – 636 cicatrizes
- Agudo – 540 cicatrizes
- Bento Gonçalves – 516 cicatrizes
- Fontoura Xavier – 485 cicatrizes
Apesar de Santa Tereza liderar em densidade de cicatrizes por km², Veranópolis também foi destaque, ficando em 9º lugar nesta classificação. Além disso, a cidade foi apontada como o município com maior área de terreno afetada pelos deslizamentos.
O mapa digital interativo do levantamento está disponível para equipes de apoio em situações de calamidade pública. Acesse pelo link: WebMapa de Movimentos de Massa / 2024.
Realização da Nota Técnica: Laboratório Latitude – Centro Estadual de Pesquisas em Sensoriamento Remoto e Meteorologia (CEPSRM) / Programa de Pós-graduação em Sensoriamento Remoto (PPGSR) / Departamento de Geodésia | Instituto de Geociências (IGeo) | UFRGS.
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