O empresário Antônio Vinicius Lopes Gritzbach foi morto a tiros no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, na tarde desta sexta-feira, deixando outras três pessoas feridas. Conhecido por atuar no ramo de criptomoedas, Gritzbach havia feito delação premiada contra o Primeiro Comando da Capital (PCC), denunciando esquemas de lavagem de dinheiro e extorsão envolvendo o grupo. Ele estava sob ameaças da facção, que o considerava um alvo devido ao conhecimento que tinha sobre as operações financeiras do PCC.
A diretora do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), Ivalda Aleixo, declarou que o empresário “sabia muita coisa do PCC”, incluindo informações sobre o destino de grandes quantias de dinheiro. O ataque foi executado por criminosos que fugiram em um Gol preto, abandonado próximo ao aeroporto. Até o momento, não houve prisões. Imagens que circulam nas redes sociais mostram o caos no saguão do aeroporto, onde as vítimas foram socorridas.
No acordo de delação feito em março, Gritzbach forneceu informações detalhadas ao Ministério Público sobre o envolvimento do PCC com criptomoedas e outras operações financeiras ilícitas. Ele também revelou ter encomendado a morte de dois membros do próprio grupo. Com esses detalhes, sua exposição aumentou e ele se tornou um alvo de alta prioridade para a facção, resultando em sua execução pública nesta sexta-feira.