STF mantém condenação de ajudante da banda Gurizada Fandangueira por incêndio na Boate Kiss

Supremo Tribunal Federal confirma pena de 18 anos para auxiliar da banda Gurizada Fandangueira, responsável por acionamento de artefato que causou incêndio na Boate Kiss

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu manter a condenação de Luciano Bonilha Leão, auxiliar da banda Gurizada Fandangueira, a 18 anos de prisão por homicídio simples com dolo eventual, devido ao incêndio na Boate Kiss que resultou na morte de 242 pessoas em Santa Maria, RS, em 2013. A decisão foi confirmada pelo ministro Dias Toffoli, que rejeitou recurso da defesa, permitindo a execução imediata da pena.

A defesa de Bonilha questionava se o retorno dos condenados à prisão envolvia a anulação de um habeas corpus, mas Toffoli considerou que o pedido não justificava a reavaliação do caso. O advogado de Bonilha, Jean Severo, declarou que considera a prisão injusta e que a defesa aguarda um julgamento de apelação no Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul ainda este ano, além de um agravo em Brasília que pode modificar a sentença.

Além de Bonilha, que foi transferido para o Presídio Estadual de São Vicente do Sul, outros três condenados cumprem pena: os sócios da boate, Elissandro Spohr e Mauro Hoffmann, que estão em Canoas, e o vocalista da banda, Marcelo de Jesus, também em São Vicente do Sul. As condenações variam de 18 a 22 anos, todas por homicídio com dolo eventual.

O caso enfrentou anos de idas e vindas judiciais, incluindo a anulação do júri inicial em 2022, por supostas irregularidades, e uma confirmação da anulação pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) em 2023. Em maio de 2024, a Procuradoria-Geral da República pediu o restabelecimento das condenações, sendo atendida agora com a decisão de Toffoli, que destacou a importância de preservar a soberania do Júri.

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