Um episódio incomum ocorrido no sistema prisional da Flórida chamou atenção ao envolver a gravidez de uma detenta sem contato físico com o pai da criança. Daisy Link, de 29 anos, presa sob acusação de homicídio desde 2022, revelou ter engravidado por meio de uma “inseminação caseira”, utilizando uma seringa para injetar sêmen enviado por outro preso, Joan Depaz, de 24 anos, que também cumpre pena na mesma instituição.
Daisy Link realizou a inseminação de forma improvisada, utilizando uma seringa para introduzir o sêmen enviado por Joan Depaz. Segundo relatos, o material biológico foi transferido por meio de dutos usados para comunicação entre os detentos, levantando dúvidas sobre como a vigilância permitiu que isso ocorresse. A detenta utilizou o sêmen de forma imediata para garantir a viabilidade do procedimento, demonstrando conhecimento básico sobre técnicas de inseminação artificial. Apesar do método rudimentar, ele segue princípios similares a práticas realizadas fora do sistema prisional, embora com riscos adicionais devido à falta de condições sanitárias adequadas.
Daisy e Joan estão detidos no Turner Guilford Knight Correctional Center, em Miami. Apesar de ambos estarem em áreas separadas e nunca terem se encontrado fisicamente, o caso levanta questões sobre a supervisão e controle nas prisões, já que o transporte do material biológico entre os detentos foi possível. Para Daisy, o episódio foi descrito como um “milagre”, mas para autoridades, o caso acende um alerta sobre falhas na segurança.
A história tem gerado debates sobre os direitos reprodutivos dos presos e a vulnerabilidade do sistema. Especialistas apontam que, embora raro, este não é o primeiro registro de inseminação artificial feita em ambiente prisional. Muitos argumentam que o episódio evidencia lacunas no monitoramento e abre espaço para discussões éticas e legais sobre as condições dos detentos.
Enquanto isso, o caso viralizou na mídia, provocando reações diversas nas redes sociais. De um lado, há quem veja a situação como um exemplo de determinação e criatividade, enquanto outros questionam os possíveis riscos e implicações éticas. O presídio, por sua vez, anunciou que está investigando como o material foi transportado por meio dos dutos, prometendo maior rigor na segurança interna.