A Polícia Civil do Rio Grande do Sul, em parceria com a Polícia Civil do Ceará, conduziu a Operação Falso Advogado nesta sexta-feira (1), levando à prisão de um homem e uma mulher, de 30 e 22 anos, em Fortaleza. Ambos eram alvos de mandados de prisão preventiva relacionados a um esquema de fraude eletrônica. Um terceiro suspeito, de 36 anos, ainda está foragido. A operação faz parte de uma série de ações contra fraudes a idosos, realizadas pela Delegacia de Proteção ao Idoso e Combate à Intolerância de Santa Maria (DPICOI).
Ao todo, foram apreendidos nove celulares e dois notebooks na residência dos suspeitos, além do cumprimento de 14 mandados de busca e apreensão em cidades como Fortaleza, Maracanaú, Beberibe e Caucaia. Segundo as autoridades, a investigação que levou a estas prisões começou em 2023 e revelou um esquema de associação criminosa que realizava fraudes bancárias complexas, transferindo valores para dificultar o rastreamento do dinheiro. Os detidos não tinham antecedentes criminais.
De acordo com a Delegada Débora Dias, os criminosos enganavam vítimas ao se passarem por advogados de escritórios conhecidos, informando sobre falsas vitórias judiciais e solicitando transferências bancárias para custas processuais inexistentes. O golpe causou um prejuízo total de aproximadamente R$ 25 mil para sete vítimas apenas na cidade de Santa Maria, no Rio Grande do Sul. O dinheiro, após as transferências, era pulverizado em várias contas, dificultando as investigações.
A operação também teve o suporte do Ministério da Justiça e Segurança Pública, através do Projeto IMPULSE, parte do Programa de Enfrentamento a Organizações Criminosas, e de unidades locais como o Departamento de Polícia Judiciária da Capital (DPJC) e o Departamento Técnico Operacional (DTO). Desde 2020, a DPICOI contabiliza 104 prisões, a maioria por fraude eletrônica e associação criminosa.