A Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (DRACO) de Caxias do Sul concluiu uma investigação que levou ao indiciamento de seis pessoas acusadas de participação em um esquema de fraude em processos licitatórios. O inquérito foi encaminhado ao Poder Judiciário, e a Polícia Civil solicitou o bloqueio de aproximadamente dois milhões de reais em contas bancárias dos investigados, além de restrições sobre veículos registrados em seus nomes.
De acordo com a investigação, os suspeitos fundaram uma empresa supostamente de assessoria para facilitar a participação de outras empresas em licitações em várias cidades, incluindo Caxias do Sul. No entanto, foi constatado que quatro dos envolvidos eram servidores públicos de carreira e um ocupava cargo comissionado na Prefeitura de Caxias do Sul. Alguns desses servidores faziam parte da Central de Licitações (CENLIC), o que configurava um conflito de interesse devido ao acesso privilegiado e à influência na escolha dos resultados, especialmente com a atuação de um dos envolvidos como pregoeiro.
A empresa do grupo teve sucesso em seis licitações promovidas pela Prefeitura de Caxias do Sul, levando à sua contratação em circunstâncias suspeitas. Ao descobrir o esquema, a Prefeitura de Caxias do Sul iniciou uma sindicância interna, conduzida pela Corregedoria Municipal, que adotou todas as medidas administrativas cabíveis e enviou as conclusões para a Polícia Civil, que seguiu com as investigações criminais.