A Polícia Federal prendeu cinco suspeitos nesta terça-feira (19), após desarticular um plano para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. Segundo as investigações, o ataque estava planejado para o dia 15 de dezembro, antes da posse presidencial. Entre os detidos estão militares, incluindo oficiais de alta patente e um agente da Polícia Federal, todos com ligações próximas ao governo anterior.
Os presos, que incluem generais e coronéis com experiência em operações especiais, são acusados de integrar um esquema criminoso de extrema gravidade. De acordo com o ministro da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta, “estamos falando de uma tentativa de golpe de Estado, que só não ocorreu por detalhes”. Ele ainda ressaltou que os envolvidos estavam ligados aos episódios de violência ocorridos em janeiro, como a explosão de um caminhão próximo ao aeroporto de Brasília.
A operação destacou a complexidade e os vínculos entre os envolvidos, que financiavam ações antidemocráticas, como acampamentos em frente aos quartéis. Pimenta ainda enfatizou a importância de levar os responsáveis à Justiça. “Esses fatos desmontam a narrativa de que o que ocorreu em 8 de janeiro foi um protesto democrático”, afirmou o ministro. Ele descartou a possibilidade de anistia e defendeu punição rigorosa aos envolvidos, incluindo membros do alto escalão militar.
Em nota, o Exército confirmou a prisão de quatro militares, mas destacou que nenhum deles estava envolvido na segurança da Cúpula do G20. Entre os presos está o general da reserva Mário Fernandes e três tenentes-coronéis. A instituição informou que os detidos não participavam de operações sensíveis no momento das prisões, mas reforçou o compromisso de colaborar com as investigações em curso.