A Polícia Federal deflagrou, nesta terça-feira (19/11), a Operação Caminho do Vinho, com o objetivo de combater crimes de organização criminosa, descaminho, evasão de divisas e lavagem de capitais. A ação ocorre em diversas cidades, incluindo Porto Alegre/RS, Maceió/AL, Votuporanga/SP e Dionísio Cerqueira/SC.
No total, 30 policiais federais cumprem 8 mandados de busca e apreensão, além de ordens judiciais que determinam o sequestro de 3 imóveis e o bloqueio de R$ 4 milhões.
Entenda a investigação
A operação teve início após a apreensão de 6 mil garrafas de vinho em Porto Alegre, em 2022. As investigações apontaram que um núcleo familiar utilizava uma empresa de fachada para revender bebidas importadas ilegalmente da Argentina.
Os investigados contavam com fornecedores localizados em regiões fronteiriças com a Argentina e realizavam pagamentos por meio de transferências bancárias para “contas de passagem” controladas pela organização criminosa.
Posteriormente, os valores eram enviados aos proprietários das lojas argentinas de vinhos de duas maneiras:
- Transposição física de dinheiro pela fronteira;
- Operações de câmbio ilícitas, conhecidas como dólar-cabo, realizadas por cambistas ou empresas clandestinas.
Bancos paralelos e lavagem de dinheiro
Os responsáveis pelas contas de passagem desempenhavam um papel crucial no esquema. Eles atuavam como parte de um banco paralelo, prestando serviços a diversos clientes no Brasil. Entre suas atividades, destacam-se:
- Remessas clandestinas de recursos ao exterior;
- Lavagem de dinheiro por meio da aquisição de criptomoedas.
Objetivo da operação
Os mandados de busca e apreensão têm como finalidade aprofundar as investigações sobre os crimes cometidos pelos suspeitos. As medidas foram determinadas pela 7ª Vara Federal de Porto Alegre/RS.