Nego Di é solto após mais de quatro meses preso: influenciador enfrenta novas condições legais
O influenciador digital gaúcho Nego Di foi libertado da Penitenciária Estadual de Canoas na noite de quarta-feira (27), após 136 dias de prisão preventiva. Acusado de crimes como estelionato, lavagem de dinheiro, rifas ilegais e uso de documentos falsos, o humorista obteve liberdade provisória graças a uma decisão da 5ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ). A soltura está condicionada a medidas restritivas, incluindo a entrega de passaporte, comparecimento periódico ao Judiciário e proibição de acesso às redes sociais.
A prisão, decretada em julho, faz parte de um caso de suposta fraude envolvendo comércio eletrônico. Segundo o Ministério Público, Nego Di e seu sócio causaram prejuízos de cerca de R$ 5 milhões ao vender produtos sem entrega a cerca de 400 consumidores. A investigação apontou transações fraudulentas realizadas entre março e julho de 2022. A defesa do influenciador já tentou, sem sucesso, outras medidas alternativas, como prisão domiciliar e monitoramento eletrônico.
Mesmo em liberdade, Nego Di enfrenta um histórico de controvérsias. Ele foi condenado por danos morais à deputada Luciana Genro, após ofensas publicadas em seu canal no YouTube, e precisará prestar serviços comunitários, além de pagar uma indenização de R$ 10 mil. A denúncia de difamação e injúria é um dos vários processos acumulados nos últimos anos, reforçando o impacto de suas declarações públicas e atividades nas redes.
Apesar das acusações, Nego Di continua atraindo atenção, com ações que dividem opiniões. Durante as enchentes no Rio Grande do Sul, o influenciador anunciou uma doação milionária que não se confirmou, segundo o Ministério Público. O caso gerou críticas e amplificou o escrutínio público sobre sua conduta. Sua soltura, marcada por frases religiosas e demonstrações de apoio de seguidores, segue cercada de expectativas quanto aos próximos passos no desenrolar dos processos judiciais.