Médico é denunciado por feminicídio em Canoas; uso de medicamentos teria causado a morte da esposa

Ministério Público do RS acusa o médico de utilizar sedativos e outros fármacos que levaram à morte por asfixia medicamentosa; denúncia inclui agravantes e fraude processual

O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) denunciou, nesta sexta-feira (29), o médico suspeito de matar a esposa em Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre, em outubro deste ano. A acusação formal é de feminicídio qualificado, com base em indícios que apontam o uso de medicamentos para causar a morte da vítima.

Segundo a denúncia apresentada pelo promotor de Justiça Rafael Russomanno Gonçalves, a investigação concluiu que o acusado teria ministrado medicamentos sedativos na esposa. “Com ela já desacordada, ele utilizou outros fármacos identificados no laudo pericial, que levaram à morte por asfixia medicamentosa”, detalhou o promotor.

O documento do Ministério Público descreve que o crime foi cometido com meio insidioso (uso de fármacos) e recurso que dificultou a defesa da vítima, já que a administração dos medicamentos foi feita de forma dissimulada. Além disso, a vítima deixou um filho menor de idade, o que agrava a conduta do acusado, conforme a denúncia.

O médico também foi acusado de fraude processual, por, supostamente, remover o corpo e objetos relacionados ao crime para outro local, alterando a cena do crime e dificultando as investigações.

Quanto aos demais indiciados, integrantes da equipe do SAMU que atuaram no caso, o inquérito policial foi arquivado. As autoridades entenderam que esses profissionais foram induzidos ao erro pelo suspeito e não agiram com intenção de interferir na apuração dos fatos.

A denúncia reforça a gravidade do caso, destacando a combinação de agravantes e os atos do acusado para dificultar a investigação. O caso segue em análise judicial para definição dos próximos passos.

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