Em menos de 48 horas, o Complexo Prisional de Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre, registrou duas mortes de detentos, levantando questões sobre as condições de saúde e segurança no local. O caso mais recente envolve Joel Silva do Nascimento, de 37 anos, conhecido como “Joelzinho”, que foi encontrado morto em sua cela na Penitenciária Estadual de Canoas 4 (Pecan 4). Segundo servidores do sistema, Joelzinho enfrentava problemas renais e histórico de saúde debilitada, embora a causa exata da morte ainda esteja sendo investigada.
Apesar de sua atuação como “plantão de galeria”, função desempenhada por detentos que auxiliam na organização do ambiente prisional, Joelzinho havia sido destituído do posto após conflitos com outros internos. No momento de sua morte, colegas de cela relataram que ele caiu e bateu a cabeça, mas nenhuma lesão foi constatada inicialmente. O Instituto-Geral de Perícias (IGP) está apurando os detalhes do ocorrido, mas servidores destacaram que o detento não apresentava sinais de violência externa.
A morte de Joelzinho ocorre logo após o assassinato de outro preso, conhecido como “Nego Jackson”, líder de uma facção criminosa, executado a tiros na triagem da Pecan 3. Apesar de ambos terem atuado na mesma região de Porto Alegre, a Zona Norte, eles pertenciam a grupos rivais, e as autoridades descartaram relação direta entre os dois episódios.