Um líder de facção criminosa foi morto dentro da Penitenciária Estadual de Canoas (Pecan 3), no sábado (23), após ser atingido por sete disparos realizados por outro detento. A vítima, Jackson Peixoto Rodrigues, de 41 anos, conhecido como Nego Jackson, chegou a ser socorrida, mas não resistiu. O ataque ocorreu durante a triagem de detentos, e a arma utilizada pode ter sido introduzida no presídio por um drone, conforme investigações preliminares.
Jackson, que já foi o criminoso mais procurado do Rio Grande do Sul em 2017, era uma figura de destaque no crime organizado, com passagens por tráfico de drogas, homicídio doloso, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Capturado no Paraguai em 2017, ele foi transferido para o Brasil e permaneceu em presídios federais até retornar ao Rio Grande do Sul em 2020. O incidente reacende o debate sobre o controle de segurança em unidades prisionais.
A polícia identificou que os disparos foram realizados por meio da portinhola de uma cela. Após o ocorrido, a galeria onde o crime aconteceu passou por uma revista geral, conduzida pelo Grupo de Ações Especiais da Superintendência de Serviços Penitenciários (Susepe). Os possíveis autores do ataque foram isolados, e a Polícia Civil deu início às investigações para esclarecer as circunstâncias do crime.