O Instituto-Geral de Perícias do Rio Grande do Sul (IGP-RS) identificou pela primeira vez no estado a substância psicoativa ADB-4en-PINACA, uma nova droga sintética encontrada em fragmentos de papel, conhecidos como selos ou micropontos. A substância foi detectada em apreensões realizadas na região metropolitana de Porto Alegre.
Essas novas substâncias psicoativas (NSPs) são compostos químicos criados para imitar os efeitos de drogas controladas, como cannabis e LSD, mas têm o objetivo de contornar restrições legais. A identificação da ADB-4en-PINACA foi conduzida pela Divisão de Química Forense do IGP-RS, com o uso de técnicas avançadas de Cromatografia Gasosa e Espectrometria de Massas. Em parceria com a Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), a análise foi confirmada por espectrometria de massas de alta resolução, comprovando a presença da droga.
Apesar de não constar nominalmente na lista de substâncias proibidas da Anvisa, a ADB-4en-PINACA é classificada como canabinoide sintético, categoria já restrita pela Portaria 344/1998. Esses canabinoides sintéticos, também chamados de “drogas K”, tendem a ser mais potentes que os canabinoides naturais e possuem efeitos e toxicidades variadas.
A descoberta foi imediatamente notificada à Anvisa e comunicada às delegacias responsáveis. Esse tipo de identificação rápida de novas drogas é essencial para aprimorar as estratégias de investigação e fortalecer a segurança pública no combate a substâncias de alto risco.
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