Homem que detonou explosivos em frente ao STF deixou mensagens de despedida, segundo depoimento

Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, foi o responsável por uma série de explosões na área do Supremo Tribunal Federal (STF) em Brasília, um ataque que acabou resultando em sua própria morte. O corpo foi retirado do local apenas na manhã desta quinta-feira, cerca de 13 horas após os incidentes, enquanto as forças de segurança ainda trabalhavam para desativar dispositivos e pacotes suspeitos, encontrados em um trailer próximo à Esplanada dos Ministérios e em uma residência alugada por Wanderley no Distrito Federal.

O filho do homem responsável pelos ataques foi ouvido pelas autoridades e relatou detalhes sobre suas últimas interações com o pai. Durante o depoimento, ele explicou que, ao revisar as mensagens mais recentes enviadas pelo pai, notou um tom de despedida que, na época, não havia sido interpretado claramente. O filho informou que Wanderley tinha uma renda mensal em torno de R$ 5 mil e que não havia apoio financeiro entre eles.

Embora tenha realizado o ataque, Wanderley não demonstrava inclinações extremistas, segundo o filho, que afirmou que o pai tinha opiniões políticas, mas sem caráter radical ou tentativas de influenciar terceiros. Esse ponto foi confirmado pelos investigadores, que ainda apuram as razões por trás do ataque.

Em redes sociais, o filho chegou a publicar uma imagem onde aparece segurando um fuzil, mas declarou à Polícia Federal que não possui licença de porte de armas. Ele explicou que a foto foi tirada durante um curso realizado fora do Brasil, o que, segundo ele, não tem relação com o incidente envolvendo seu pai.

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