Depois de deflagrar, na última sexta-feira (22), as Operações Caixa-Forte II e El Patron, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Rio Grande do Sul (GAECO/MPRS) contabiliza 28 prisões, sendo 18 preventivas e 10 em flagrante. As operações tinham como alvo uma facção criminosa que operava de dentro do Presídio Regional de Pelotas (PRP). Foram apreendidos 11 veículos, 12 armas, mais de R$ 700 mil e cerca de sete toneladas de carne.
Uma das operações focou no combate ao tráfico de drogas e no ingresso de celulares no PRP, além de conter a venda de drogas na Região Sul do Estado. Já a El Patron desmantelou o braço financeiro da organização, que operava com agiotagem, jogos de azar, rifas e lavagem de capitais. O grupo movimentou mais de R$ 32 milhões desde 2023. Houve o bloqueio de 1,3 mil contas bancárias e o sequestro judicial de quatro imóveis e 10 empresas, entre açougues, frigoríficos e imobiliárias localizadas no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina.
Ao todo, 118 pessoas estão sendo investigadas, incluindo 27 apenados, dos quais oito foram transferidos do PRP. As investigações, lideradas pelo coordenador do GAECO – Região Sul, promotor de Justiça Rogério Meirelles Caldas, foram iniciadas há cerca de um ano, logo após a Operação Caixa-Forte I, em dezembro de 2023.
“Os números apresentados pelas Operações Caixa-Forte II e El Patron demonstram a efetividade da investigação, que desmantelou uma organização criminosa que, de dentro do Presídio Regional de Pelotas, movimentava valores expressivos e lavava dinheiro. A apreensão de armas, veículos e os valores bloqueados evidenciam o sucesso dessa longa investigação”, destacou o promotor.