Fim da escala 6×1: entenda projeto que dominou as redes sociais

Uma proposta de Emenda Constitucional (PEC) que visa abolir a jornada de trabalho no modelo 6×1, ou seja, seis dias de trabalho com um dia de descanso, tem gerado grande repercussão nas redes sociais e ampliado o debate sobre condições de trabalho no Brasil. O projeto, apresentado pela deputada Érika Hilton (PSol-SP), ganhou visibilidade no último fim de semana, levando muitos parlamentares a aderirem à ideia. Até o sábado, 79 deputados haviam assinado a proposta, mas são necessárias 171 assinaturas para que a PEC comece a tramitar na Câmara dos Deputados.

A movimentação nas redes também gerou pressão sobre parlamentares que ainda não declararam apoio à medida. Entre eles, o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) foi alvo de questionamentos públicos, com a frase “Nikolas Ferreira não assinou” figurando entre os tópicos mais mencionados na plataforma X (antigo Twitter). Outros parlamentares do PL também foram cobrados, uma vez que apenas um dos 93 deputados da sigla assinou a PEC até o momento.

O texto da proposta critica o regime 6×1 como sendo prejudicial à qualidade de vida dos trabalhadores. Para a deputada Erika Hilton, esse modelo reduz as oportunidades de descanso e convívio familiar, e impede o trabalhador de buscar qualificação ou outra fonte de renda. Nas redes, Hilton se referiu ao formato como “uma prisão”, argumentando que ele é incompatível com a dignidade e o bem-estar do trabalhador brasileiro.

Inspirada pelo Movimento Vida Além do Trabalho (VAT), a iniciativa conta com a adesão de 1,3 milhão de assinaturas em uma petição online. O projeto defende que o trabalho siga os limites constitucionais e da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), que estabelecem jornada máxima de 44 horas semanais e permitem acordos para ajustes de horário.

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