Estimulação magnética transcraniana mostra eficácia contra depressão em novos estudos

A FDA e o Reino Unido recentemente aprovaram uma abordagem inovadora para o tratamento da depressão: a estimulação magnética transcraniana repetitiva (EMTr). Este procedimento não invasivo atua diretamente no córtex pré-frontal dorsolateral esquerdo, uma região localizada na parte superior frontal do cérebro, associada a emoções e tomada de decisões. De acordo com as pesquisas, 20 sessões ao longo de quatro semanas são suficientes para apresentar resultados significativos.

A pesquisa conduzida pela professora Valerie Voon, do Departamento de Psiquiatria da Universidade de Cambridge, demonstrou resultados promissores, especialmente em pacientes com casos graves de depressão, inclusive aqueles com pensamentos suicidas. A especialista destacou a utilidade do tratamento para melhorar a qualidade de vida em condições severas, oferecendo uma alternativa viável para quem não responde bem a terapias tradicionais.

Uma técnica “dupla”, que combina a estimulação magnética em duas regiões específicas do cérebro, também foi testada. Além do córtex pré-frontal esquerdo, o procedimento foi aplicado na região do córtex órbito-frontal direito, com resultados positivos em 61% dos participantes após um mês de tratamento, um aumento expressivo em comparação aos tratamentos convencionais.

O estudo, que contou com a participação de 75 pacientes no Second People’s Hospital em Guizhou, China, utilizou a Hamilton Rating Scale for Depression para medir a eficácia. Mais de 60% dos pacientes no grupo com terapia dupla e cerca de 59% no grupo de tratamento único mantiveram respostas clinicamente significativas, um avanço em relação aos 22% no grupo de controle.

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