Um morador do bairro Vorstadt, em Blumenau, teve uma surpresa ao encontrar uma cobra jararacuçu em seu quintal enquanto fazia uma limpeza. A serpente, uma das maiores espécies venenosas do sul do Brasil, possuía aproximadamente 1,5 metro de comprimento e estava parada no terreno até a chegada de um especialista para a captura. Segundo o profissional, a jararacuçu capturada já teria cerca de oito anos de idade e foi devolvida a uma região de mata, distante das residências.
Com hábitos noturnos e conhecida por se alimentar de anfíbios e mamíferos de pequeno e médio porte, a jararacuçu pode causar graves ferimentos em humanos. Seu veneno, se inoculado em grandes quantidades, representa risco de amputação e até de morte em casos extremos. Santa Catarina conta com quatro espécies de serpentes entre as mais venenosas do Brasil, registrando acidentes frequentemente, especialmente nas áreas próximas a mata, como foi o caso do morador em Blumenau.
As autoridades reforçam que, em situações de aparição de serpentes, como a jararacuçu, o manejo deve ser feito apenas por profissionais especializados. Em 2023, o Centro de Informação e Assistência Toxicológica de Santa Catarina (CIATox/SC) registrou mais de 5,8 mil ocorrências com animais peçonhentos, sendo que 9% foram acidentes com cobras. Essas serpentes, pertencentes principalmente ao gênero Bothrops, são as mais comuns nos acidentes com humanos no estado.
Um caso trágico ocorreu recentemente em Agrolândia, onde um pastor foi picado por uma jararaca enquanto estava próximo a sua residência. Ele não resistiu aos efeitos do veneno, que causaram complicações graves como uma hemorragia cerebral. As autoridades reforçam a importância de buscar atendimento médico imediato em casos de picadas, pois o atendimento rápido é essencial para o tratamento eficaz dessas ocorrências.