Medida visa resgatar valores cristãos e evitar práticas que possam comprometer a dignidade humana e a família
O arcebispo de Santa Maria (RS), dom Leomar Antônio Brustolin, anunciou decisões impactantes para a celebração do Jubileu 2025 na arquidiocese. Entre as principais mudanças, destacam-se a proibição de bailes e a comercialização de bebidas alcoólicas em todos os eventos promovidos pela Igreja Católica. A medida foi oficializada em uma nota publicada em novembro e já repercute entre fiéis e comunidades.
Segundo o arcebispo, a decisão está alinhada com os preceitos da Bula do Jubileu da Esperança, intitulada Spes non confundit, que incentiva iniciativas voltadas à valorização da vida e à promoção da esperança. “Em cada celebração jubilar, muitas iniciativas que mostrem sinais de esperança, inclusive as já realizadas, serão promovidas e estimuladas”, explicou dom Leomar. Ele ressaltou que a arquidiocese busca mostrar que “uma nova forma de celebração e valorização da vida é possível e, de modo algum, inclui práticas que destruam a família e a dignidade humana”.
A medida inclui ainda um apelo para que as paróquias intensifiquem suas atividades espirituais. O arcebispo sugeriu que “cada paróquia deverá preparar os seus peregrinos, organizando abundantes celebrações penitenciais e fomentando sobremaneira a formação discipular”. Essa formação envolverá grupos de cristãos que se reúnem para refletir e compartilhar a Palavra de Deus em seus ambientes.
Dom Leomar já havia manifestado sua posição durante uma missa em outubro, na paróquia Sagrado Coração de Jesus, em Restinga Sêca. Na ocasião, ele declarou enfaticamente: “O ano jubilar, em nenhuma capela, em nenhuma igreja vai ter baile”. A decisão foi tomada em conjunto com o conselho arquidiocesano e assinada pelo próprio bispo.
Durante seu discurso, o arcebispo criticou os excessos associados a esses eventos: “Faz-se uma festa, vem 50 pessoas para a missa, 150 para o almoço e 300 para o baile. E a minha pergunta: a igreja existe para baile?” Ele também mencionou que algumas celebrações terminavam em confusão, chamando a atenção para denúncias de brigas e outros problemas: “O delegado veio falar para mim: ‘Bispo, a igreja católica fazendo baile, vendendo cerveja? Tudo bêbado lá brigando, se soqueando’. O senhor não tem vergonha, bispo? Vergonha eu tenho, mas eu aguento. É os filhos que eu tenho.”
A decisão de dom Leomar Brustolin reforça o compromisso da Igreja Católica em Santa Maria de resgatar a espiritualidade e evitar práticas que desviem os valores cristãos fundamentais.
Fonte: ACI Digital
Foto: Divulgação