Um tatu-canastra de impressionantes 1,60 metros de comprimento e pesando 36 kg foi descoberto por cientistas no Pantanal, especificamente na Fazenda Baía das Pedras, no Mato Grosso do Sul. Esta espécie, considerada a maior entre os tatus da América Latina, não apresentava um exemplar tão grande há 14 anos, segundo o Instituto de Conservação de Animais Silvestres (ICAS).
O animal, que foi nomeado Wolfgang, chamou a atenção dos pesquisadores não apenas pelo seu tamanho, mas também por suas características reprodutivas. Seu órgão reprodutor mede 33 cm, o que é notável até para os padrões de um tatu-canastra, cujos machos adultos geralmente possuem pênis de 30 cm, tornando-o um dos maiores em proporção ao corpo entre os mamíferos terrestres.
Após sua captura, Wolfgang passou por uma série de exames que incluíram a coleta de sêmen. Essas análises são fundamentais para que os especialistas entendam melhor a reprodução dos tatus-canastra em seu habitat natural, além de investigarem os fatores relacionados à baixa densidade populacional dessa espécie ameaçada de extinção.
Para garantir o acompanhamento contínuo, os cientistas equiparam o tatu com um colar de rádio transmissor VHF, o que permitirá monitorar seus movimentos nos próximos meses. Este estudo representa um passo importante na preservação e conservação dessa espécie única da fauna brasileira.