A investigação sobre a trágica morte das gêmeas Manuela e Antônia Pereira, de seis anos, em Igrejinha, ganhou novos contornos com a prisão temporária da mãe das meninas. A Polícia Civil trabalha com a hipótese de que as crianças tenham sido envenenadas, considerando evidências que surgiram após o depoimento de médicos e familiares. As irmãs morreram em um intervalo de oito dias, e ambas apresentavam sintomas similares, como hemorragia e espuma na boca, sugerindo uma possível intoxicação por medicamento ou veneno.
Os investigadores apontam que a mãe estava sozinha com as filhas no momento dos incidentes, o que aumenta as suspeitas sobre seu envolvimento. Além disso, a morte misteriosa de três gatos da família e o fato de que supostamente remédios foram misturados na comida do marido reforçam as hipóteses de envenenamento. Em depoimento, a mãe negou qualquer envolvimento, afirmando que sempre cuidou das filhas.
Testemunhos colhidos pela polícia destacam que a mãe tinha um comportamento distante das meninas e, em contrapartida, demonstrava afeto apenas pelo filho mais velho, que foi assassinado em 2022. Esse evento, segundo familiares, teria desencadeado um abalo psicológico, levando-a a desenvolver comportamentos desequilibrados e agressivos. A mãe chegou a ser internada em uma clínica psiquiátrica, o que corrobora a linha de investigação sobre transtornos mentais.
A polícia continua analisando provas, incluindo os celulares dos pais e aguardando laudos periciais que devem confirmar a causa da morte das crianças. O pai, que não estava presente no momento dos óbitos, não é considerado suspeito, mas segue colaborando com as investigações, fornecendo mais detalhes sobre o relacionamento familiar conturbado.
A morte das gêmeas chocou a comunidade de Igrejinha, e a investigação segue em busca de esclarecer o que realmente aconteceu, enquanto a mãe permanece detida na Penitenciária Estadual Feminina de Guaíba.