Protesto simbólico no Parque da Guarita destaca impactos da expansão imobiliária em Torres
Ato reúne moradores e ambientalistas para chamar atenção sobre riscos ambientais e urbanísticos
Cerca de 350 manifestantes se reuniram neste sábado no Parque Estadual da Guarita, em Torres, para um abraço simbólico que expressou preocupação com a construção de dois edifícios de 14 andares nas proximidades do parque. A mobilização, que contou com moradores do Litoral Norte e entidades ambientais, visa chamar a atenção para os possíveis impactos desse projeto, que, segundo os participantes, pode comprometer a integridade ecológica e paisagística do local.
Os protestantes alertam que a edificação dos prédios pode trazer sérias consequências ambientais, como o aumento da poluição do ar, a produção excessiva de esgoto e até a interferência nas rotas migratórias de aves. Além disso, há preocupações com a modificação da paisagem natural, um dos atrativos mais importantes da região. “Queremos que as futuras gerações possam desfrutar dessa beleza natural e herdar um ambiente preservado”, enfatizam os organizadores.
O presidente da Ong Praia Limpa, Alexis Sanson, destacou a importância multifuncional do parque, que possui relevância ecológica, cultural e turística para Torres. Ele ressaltou que o abraço simbólico buscou criar uma imagem poderosa que provoque reflexões e discussões sobre a preservação ambiental e o futuro da cidade. “O evento visa sensibilizar a população e as autoridades para que pensem sobre as consequências de um crescimento desordenado na região”, afirmou.
Os organizadores do protesto reforçaram que a manifestação não é contra empresas específicas, mas contra qualquer pressão por um desenvolvimento imobiliário sem controle. Eles defendem um crescimento planejado e equilibrado, que respeite os limites naturais e atenda às necessidades da população sem comprometer o meio ambiente. A pergunta que fica, segundo Sanson, é: “Qual é o futuro que queremos para Torres e para as próximas gerações?”