A Polícia Civil está apurando como duas adolescentes de 12 e 13 anos conseguiram viajar de Frederico Westphalen para Porto Alegre na companhia de um homem que não era o responsável legal, o que vai contra a legislação vigente. As meninas, que desapareceram de Ametista do Sul, no Norte do Rio Grande do Sul, foram encontradas dois dias depois, em Porto Alegre e Esteio. Há suspeitas de estupro de vulnerável, conforme depoimentos preliminares de uma das jovens.
Segundo a delegada Aline Palma, que conduz a investigação, a polícia busca entender como as adolescentes embarcaram sem supervisão legal, já que câmeras de segurança registraram as menores acompanhadas do homem na rodoviária. A Estação Rodoviária de Frederico Westphalen informou que o homem comprou as passagens, e, como os bilhetes não são nominais, não houve questionamento. A empresa responsável pela viagem, Viação Ouro e Prata, ainda não se pronunciou.
O Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) também instaurou um processo administrativo para apurar falhas no cumprimento das normas de identificação de menores de idade durante o embarque. Desde 2019, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) proíbe que menores de 16 anos viajem desacompanhados sem autorização judicial, exceto em comarcas contíguas. O Daer declarou que ouvirá os envolvidos, incluindo funcionários da concessionária e da rodoviária.
O caso segue em investigação, e a polícia já ouviu o homem envolvido, que foi liberado por falta de flagrante no momento. Familiares e testemunhas das adolescentes também serão chamados para prestar depoimento nos próximos dias.
Com informações do Portal G1.
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