Um homem de 42 anos foi condenado a 32 anos e dez meses de prisão por tentativa de feminicídio qualificado, em Pelotas, no sul do Rio Grande do Sul. O julgamento ocorreu na quarta-feira, 23 de outubro de 2024, após o réu ser acusado pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS). O crime aconteceu no dia 6 de maio de 2023, no Bairro Três Vendas, quando o acusado, inconformado com o fim do relacionamento, atirou e ateou fogo em sua ex-companheira.
Segundo o promotor de Justiça Márcio Schlee Gomes, que representou o MPRS no Tribunal do Júri, os disparos atingiram de raspão a cabeça da vítima, e, logo em seguida, o agressor usou uma substância inflamável para atear fogo na mulher. A vítima sofreu queimaduras de segundo e terceiro graus, com 20% do corpo queimado, incluindo cabeça, pescoço e costas. Ela precisou ficar 35 dias internada na UTI, mas conseguiu sobreviver.
O promotor ressaltou que o crime teve motivo fútil, meio cruel, recurso que dificultou a defesa da vítima e foi cometido por questão de gênero. Além da tentativa de feminicídio, o homem foi condenado por posse ilegal de arma de fogo, que estava com a numeração raspada. A pena será cumprida inicialmente em regime fechado.
O julgamento foi presidido pelo juiz Regis Adriano Varzim, da 1ª Vara Criminal de Pelotas, com a participação do assistente de acusação José Fernando Gonzales.
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