“Como alguém faz uma maldade para duas crianças que só têm amor”, diz pai de gêmeas mortas no RS
O pai das gêmeas Manuela e Antônia Pereira, de 6 anos, que morreram em Igrejinha, no Vale do Paranhana, expressou sua imensa dor e revolta diante do que aconteceu com as meninas. As duas crianças foram encontradas em sua casa em um intervalo de oito dias, com sinais de parada cardiorrespiratória, levantando a suspeita de envenenamento. A mãe das meninas, de 42 anos, que estava com elas nos momentos das mortes, foi presa temporariamente e está sendo investigada como a principal suspeita.
Ainda abalado pela perda, o pai relatou em entrevista que não consegue entender como alguém poderia fazer mal a duas crianças que “só tinham amor”. Além da dor pelas filhas, o pai enfrenta um histórico de tragédias, pois já havia perdido um filho mais velho, assassinado em 2022. Ele mencionou que a ex-mulher, após a morte do primeiro filho, enfrentou um quadro de depressão severa e chegou a ser internada por 40 dias pouco antes do ocorrido.
Em busca de respostas, o pai chegou a vasculhar alimentos na casa, acreditando que poderia haver alguma contaminação. No entanto, ele descartou a hipótese ao perceber que, se fosse o caso, outras pessoas também teriam sido afetadas. A investigação segue em andamento e aguarda os laudos periciais, que ainda não têm prazo para serem concluídos. O pai está confiante no trabalho da polícia, embora saiba que “nada aliviará sua dor” ou trará suas meninas de volta.
Acompanhando as investigações, o pai contratou um advogado para monitorar o caso. Segundo o advogado, o pai não está sendo investigado, mas segue como testemunha e busca garantir que tudo seja feito para esclarecer o ocorrido. Caso a mãe seja formalmente acusada, o advogado poderá também atuar na assistência de acusação.
Com informações do Jornal Correio do Povo e Record TV.