Tempestade deixa rastros de destruição em Camaquã; 700 pessoas estão fora de casa
Em mais um setembro trágico para o Rio grande do Sul, desta vez, Camaquã foi o município mais afetado pelos eventos climáticos extremos. Além da chuva constante e, por vezes intensa com tormentas, relâmpagos e raios, que cai desde a noite do último domingo (22), em Camaquã, o município foi atingido por uma tempestade de ventos fortes e queda de granizo entre a madrugada e a manhã de quarta-feira (25). Em setembro do ano passado, o estado já havia sido assolado pelo clima extremo.
Uma madrugada assustadora para os moradores de Camaquã, que começou por volta das 3h30. Um forte rumor, que parecia o fim do mundo, vindo da direção do município de Cristal (que fica a cerca de 30 km de Camaquã, em direção a Pelotas), já assustava àqueles que acordavam e dava sinais que coisa boa não era. Então, veio uma forte chuva com trovoadas e relâmpagos e queda de raios e granizo.
Mas foi um pouquinho antes da 6h10 que o auge da tempestade atingiu Camaquã. Um vento muito forte acompanhado da chuva arrancou telhados, danificou faixadas de empresa, derrubou sinaleiras, placas, árvores e galpões e destruiu escolas, prédios públicos, casas e empresas com paredes de vidro, como foi o caso da Nissul Renault (veja o vídeo) e da Cremolatto. A parede de vidro de uma casa de luxo foi destruída na Avenida Ernani Silveira, no bairro Olaria. Uma manhã de um verdadeiro caos no município, com pessoas desalojadas e desabrigadas e outras sem abastecimento de energia elétrica, água e sinal de internet e telefone.
Nove escolas municipais ficaram danificadas. Um açude rompeu na localidade de Pacheca, às margens da BR-116. Na madrugada desta quinta-feira (26), parte da pista da BR-116 rompeu na altura do km 407, entre Camaquã e Cristal. Leia mais AQUI!
Na manhã desta quinta-feira (26), a área urbana e rural de Camaquã – o município mais atingido pela tempestade – tem 200 pessoas desabrigadas e 500 desalojadas.
Entenda a diferença de desabrigado para desalojado
O desabrigado é quem perdeu a casa e está em um abrigo público.
Já o desalojado saiu de casa, mas não necessariamente perdeu a casa, e não está em abrigo público. A pessoa está na casa de um parente ou amigo.