Policial penal é investigada por tráfico de drogas dentro de penitenciária feminina no RS

GAECO/MPRS cumpre mandados de busca e apura envolvimento de servidora pública com facção criminosa

Uma operação conduzida pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), através do GAECO (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), investigou uma policial penal de 29 anos por tráfico de drogas e entrada de materiais ilícitos na Penitenciária Estadual Feminina de Guaíba. A operação ocorreu na quinta-feira, 5 de setembro, com buscas realizadas na casa da servidora em Canoas, Porto Alegre e outros locais, incluindo Santa Catarina.

A investigação revelou que a policial penal facilitava a entrada de drogas, celulares, chips e carregadores para dentro da penitenciária. Segundo a promotora Maristela Schneider, responsável pelo caso, a servidora mantinha negociações com detentas, uma delas líder de uma facção criminosa, com condenações de 93 anos. Essas negociações ocorriam por mensagens de WhatsApp, bilhetes e sinais corporais.

Durante uma revista em agosto, feita pela SUSEPE, celulares, drogas e outros materiais foram apreendidos na cela de uma das detentas com quem a policial negociava. Nesse dia, a investigada se ausentou sem justificativa do trabalho. A promotora afirmou que um dos pagamentos recebidos pela policial foi de R$ 10 mil por uma das transações realizadas.

Além das atividades dentro da penitenciária, a policial penal está sendo investigada por associação com facções criminosas fora do estado. Uma arma de uso restrito das Forças Armadas registrada em seu nome foi encontrada com um integrante de uma facção de Santa Catarina, que veio a falecer em confronto. A investigação segue com apoio da SUSEPE e Brigada Militar, e os crimes apontados incluem tráfico de drogas e corrupção ativa.

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