A Polícia Civil de Guaíba concluiu as investigações sobre a morte de Kerollyn Souza Ferreira, uma menina de nove anos encontrada sem vida dentro de uma lixeira no município. Os pais da criança foram formalmente indiciados pelo crime, encerrando o inquérito policial que será agora encaminhado à Justiça. O corpo da menina foi encontrado em um contêiner de lixo próximo a uma escola, no bairro Cohab Santa Rita, por recicladores no dia 9 de agosto.
Durante a investigação, que contou com o depoimento de 32 pessoas, um laudo pericial detectou a presença de clonazepam, medicamento conhecido como Rivotril, no organismo da menina, porém, a perícia não conseguiu determinar a causa exata da morte. A mãe de Kerollyn foi indiciada por maus-tratos resultando em morte e violência psicológica. Embora tenha deixado o sistema prisional, a mãe terá que cumprir medidas cautelares, conforme decisão da 1ª Vara Criminal de Guaíba.
O pai da criança, que reside em Santa Catarina, também foi indiciado. Ele responderá por abandono material e violência psicológica. O homem alegou que vinha tentando obter a guarda unilateral da filha e que havia denunciado situações de negligência à Defensoria Pública e ao Conselho Tutelar. Em depoimento, a mãe confessou ter administrado sedativos à filha na noite anterior à descoberta do corpo, justificando o ato pelo suposto comportamento agressivo da criança.
Relatos de vizinhos e testemunhas reforçam as suspeitas de maus-tratos, apontando que Kerollyn vivia em situação precária, sofrendo agressões e sendo negligenciada. Há indícios de que a mãe teria problemas com álcool e drogas, além de relatos de que a menina era frequentemente vista pedindo esmola nas ruas. Mesmo com a gravidade da situação, o comportamento da mãe, que não demonstrou choque ou tristeza ao ser informada sobre a morte da filha, continua sendo um ponto de questionamento nas investigações.
Com informações do Jornal Correio do Povo.
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