Operação contra falsos anúncios de aluguel: GAECO/MPRS avança em nova fase no RS

Agentes desarticulam esquema de golpes em Balneário Camboriú e Bombinhas, visando combater crimes cibernéticos e lavagem de dinheiro

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Rio Grande do Sul (GAECO/MPRS), em parceria com o Grupo de Investigação de Crimes Cibernéticos do Ministério Público de Santa Catarina (CyberGAECO/MPSC) e a Polícia Civil de Bombinhas, realizou a segunda fase da Operação Anúncio Fake, focada em desmantelar uma organização criminosa que aplicava golpes através de falsos anúncios de aluguel. Mais de 40 agentes cumpriram mandados de prisão e busca em Porto Alegre, Esteio e Alvorada, visando prender membros da quadrilha e confiscar seus bens.

Nesta etapa da operação, além das prisões e apreensões, a Justiça ordenou a indisponibilidade de bens, bloqueio de contas bancárias e criptoativos dos envolvidos. A investigação identificou mais integrantes do grupo criminoso que operava os golpes a partir da Região Metropolitana de Porto Alegre, utilizando laranjas para dificultar o rastreamento do dinheiro. Na primeira fase da operação, realizada em 2023, o objetivo era desarticular os golpes aplicados em Balneário Camboriú e Bombinhas, onde os criminosos usavam anúncios de imóveis verdadeiros para enganar turistas desde 2018.

Os golpistas se especializaram em fraudar anúncios de imóveis para locação de temporada em Santa Catarina, causando prejuízos financeiros a várias famílias que tiveram suas férias frustradas. As investigações revelaram que os estelionatários utilizavam dados de imóveis reais para tornar os anúncios mais confiáveis e atraentes. Os crimes identificados incluem estelionato eletrônico, organização criminosa e lavagem de dinheiro, com mandados de prisão e busca já cumpridos no ano passado.

Além de desarticular a organização, a operação também teve como foco a recuperação do dinheiro desviado. As autoridades seguem contabilizando o número de vítimas e os prejuízos causados. Até o momento, foram identificados R$ 150 mil nas contas dos envolvidos, e este valor, junto com veículos e imóveis, será confiscado pela Justiça para reparar os danos financeiros causados pela quadrilha.

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