Imunoterapia revoluciona tratamento contra o câncer, apontam especialistas

Um importante avanço no tratamento contra o câncer tem ganhado destaque: a imunoterapia, que utiliza o próprio sistema imunológico do paciente para combater os tumores. No congresso anual da Sociedade Europeia de Oncologia Médica, realizado em Barcelona, especialistas apresentaram resultados promissores dessa técnica, consolidando seu papel no combate a tipos agressivos de câncer.

Um dos destaques foi a combinação de imunoterapia com quimioterapia, que mostrou uma melhora significativa na sobrevivência de pacientes com câncer de mama triplo negativo, uma forma grave e resistente da doença. Os dados apontam que, após cinco anos, a taxa de sobrevivência global foi de 86,6% para pacientes tratados com essa abordagem, comparado a 81,7% no grupo placebo. Esses resultados reforçam a eficácia do novo método e seu potencial em casos difíceis.

A imunoterapia difere da quimioterapia tradicional por não atacar diretamente as células tumorais, mas sim estimular o próprio corpo a reconhecê-las e destruí-las. Entre as modalidades desse tratamento, destacam-se os anticorpos monoclonais, as Cart T-Cells e até formas tópicas e orais, proporcionando uma variedade de opções dependendo do tipo e estágio do câncer. Alguns pacientes, como Michèle Borges-Soler, de 51 anos, já experimentam os benefícios da técnica, estando em remissão após seu tratamento contra o câncer de mama triplo negativo.

Apesar dos avanços, os desafios persistem. Nem todos os pacientes respondem à imunoterapia e, em alguns casos, há recaídas mesmo após uma resposta positiva inicial. Os efeitos colaterais também são uma preocupação, exigindo um acompanhamento rigoroso. Mesmo assim, os especialistas estão otimistas quanto ao futuro da imunoterapia e seu potencial de reduzir as recaídas e aumentar as chances de cura.

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