A primavera inicia com o retorno da fumaça das queimadas ao Sul do Brasil, em especial ao Rio Grande do Sul, segundo informações da MetSul Meteorologia. Esse fenômeno, recorrente desde agosto, é causado principalmente pelos focos de queimadas no Brasil e países vizinhos, como a Bolívia, e deve persistir durante a semana. O número de incêndios já ultrapassa a média histórica para o mês de setembro, com 71.019 focos contabilizados, quando o esperado era de 64.052.
A Amazônia, com 36.158 focos registrados até agora, também contribui para o cenário alarmante. Este é o setembro com mais queimadas desde 2022, quando 41 mil focos foram observados no bioma. A Bolívia também apresenta números preocupantes, com 24.121 focos de calor registrados apenas nos primeiros 21 dias de setembro, quase o dobro da média histórica.
A fumaça chega ao Sul do Brasil por meio de uma corrente de jato em baixos níveis, trazendo também ar mais quente. Esse fenômeno é responsável pela onda de calor que atinge o Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná nesta semana, resultando em céus acinzentados e efeitos visuais no nascer e pôr do sol. Em algumas ocasiões, a fumaça chega até Buenos Aires e, raramente, à Patagônia.
Segundo a MetSul, a presença de aerossóis atmosféricos será constante entre segunda e quinta-feira, sendo possível acompanhar as previsões pelo CAMS (Copernicus Atmosphere Monitoring Service). Esses aerossóis, que podem vir de fontes naturais ou da atividade humana, afetam a visibilidade e a coloração do céu, trazendo impactos visuais e climáticos para toda a região Sul do Brasil.
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