Após ser preso na última semana em Canoas, um empresário de 37 anos, apontado como o maior armazenador de conteúdos ilícitos envolvendo pornografia infantil no estado do Rio Grande do Sul, foi liberado na sexta-feira (27). A decisão foi tomada após uma audiência de custódia, onde o empresário recebeu liberdade provisória, desde que utilizasse uma tornozeleira eletrônica e respeitasse o recolhimento domiciliar noturno, das 21h às 6h.
De acordo com a Justiça do Rio Grande do Sul, a prisão em flagrante foi homologada, uma vez que o acusado estava de posse de materiais contendo cenas de abuso sexual infantil. Entretanto, a prisão preventiva não foi decretada, e a liberdade provisória foi concedida com o aval do Ministério Público. A prisão foi baseada em provas encontradas durante a operação, incluindo depoimentos e um relatório preliminar do Instituto-Geral de Perícias (IGP).
A ação que resultou na prisão ocorreu na quinta-feira (26), em um condomínio no bairro Fátima, em Canoas. Cerca de 200 mil arquivos de conteúdo ilegal foram descobertos nos dispositivos do empresário, quantidade que chegou a travar os sistemas de extração da polícia. O delegado Maurício Barison, responsável pelo caso, afirmou que parte dos arquivos foi encaminhada ao IGP para análise completa e confirmação do volume total.
A investigação que levou à prisão durou cerca de nove meses. A polícia descobriu que o empresário baixava os arquivos da internet e os distribuía em diversos dispositivos, como notebooks e HDs externos, na tentativa de dificultar sua localização. O crime de armazenamento de pornografia infantil prevê pena de um a quatro anos de prisão, caso seja condenado.
Fonte: GZH