Porto Alegre: denunciado pelo MPRS é julgado por causar colisão no trânsito que matou pai e deixou filha em estado grave em 2015

Um homem, de 66 anos de idade, denunciado pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) será julgado na terça-feira, dia 27 de agosto, por causar uma colisão no trânsito em 2015, na Zona Sul de Porto Alegre, que matou pai e deixou filha em estado grave, além de várias sequelas. Ele, que na época foi preso, mas agora responde processo em liberdade, responde por homicídio e tentativa de homicídio simples, já que assumiu o risco de invadir em alta velocidade a pista contrária da Estrada Costa Gama, no Bairro Belém Velho, e bater na moto das vítimas.

Conforme a denúncia do MPRS, o condutor estava ciente de ser inabilitado, sem condições físicas, para dirigir o carro por sofre de Mal de Parkinson. Além disso, ele fugiu do local onde houve a colisão. Paulo Rogério de Paula Neves, de 34 anos de idade, estava conduzindo sua moto com a filha Ana Carolina Steimbach Neves, de oito anos de idade, após buscá-la na escola. Ele morreu no momento em que foram atingidos pelo automóvel e a criança ficou em estado grave. O caso ocorreu no dia 2 de julho de 2015. A denúncia do MPRS foi oferecida à Justiça no dia 12 de agosto do mesmo ano e o réu foi pronunciado a ser julgado pelo Tribunal do Júri no dia 6 de abril de 2017.

O julgamento, marcado para iniciar 9h30min de terça-feira, deve durar um dia. Serão ouvidas duas testemunhas, além do interrogatório do réu. Pela acusação, a promotora de Justiça Luciana Cano Casarotto atuará em plenário. “Nove longos anos se passaram. Às vésperas de completar a maioridade, Aninha terá a chance, finalmente, de ver condenado aquele que tirou a vida de seu pai e lhe deixou presa a uma cama desde então. Para isso, o MPRS trabalhará em plenário honrando a vida dessas vítimas. Não foi acidente. Foram homicídio e tentativa de homicídio cruéis, que, muito mais do que ceifar a vida de um jovem pai trabalhador, ceifaram sonhos de uma criança, de uma mãe, de uma família, que luta até hoje por justiça”, destacou a promotora.

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TODOS SOMOS ANINHA

A promotora Luciana Cano Casarotto lembra que a mãe de Aninha criou uma página em uma rede social para que o fato jamais seja esquecido, para cobrar por justiça, mas também para buscar ajuda no tratamento da vítima. Outro objetivo da página “Todos Somos Aninnha” é atualizar o estado de saúde dela, já que precisa, em vários momentos, da ajuda de equipamentos para respirar, além de necessitar de constantes monitoramento e atendimentos com fisioterapeutas, fonoaudiólogos, entre outros. Hoje, prestes a completar 18 anos de idade, a vítima, junto com sua mãe, luta para vencer as várias lesões que sofreu durante a colisão.

Foto: Brigada Militar/Divulgação

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