Moradores de Caxias do Sul relataram novos tremores de terra na tarde desta quinta-feira (08/08). O 5º Batalhão de Bombeiro Militar confirmou que recebeu quatro chamadas relacionadas ao fenômeno, principalmente nas regiões dos bairros Colina Sorriso e Fátima Baixo, por volta das 15h. Além disso, outros bairros como Jardim Iracema, Serrano, Pioneiro e Diamantino também registraram relatos, mas sem informações detalhadas sobre os endereços exatos.
Apesar das ocorrências, o Corpo de Bombeiros informou que não foram constatados danos estruturais nem foi necessária qualquer interdição nas áreas afetadas. O capitão Vinicius Manfio destacou que, embora alguns moradores tenham relatado estrondos, não houve sinais visíveis de movimentação de solo ou impactos nas construções da zona norte da cidade. A orientação é para que a população continue monitorando a situação.
A prefeitura de Caxias do Sul emitiu um comunicado oficial confirmando os relatos de tremores e tranquilizou os moradores, afirmando que não há riscos significativos à população. Segundo a Secretaria Municipal do Meio Ambiente (SEMMA), os tremores são resultado da acomodação de camadas rochosas subterrâneas, um fenômeno natural devido ao tipo de subsolo da região, e que já foi registrado em outras ocasiões sem causar grandes problemas.
Em maio deste ano, moradores de diversos bairros, incluindo Madureira, Universitário, Jardim América e Pio X, também relataram tremores semelhantes. Na ocasião, o Corpo de Bombeiros recebeu cerca de 200 chamadas, mas assim como no evento atual, não houve danos significativos. O geólogo Nerio Susin, que já foi secretário do Meio Ambiente de Caxias, esclareceu que esses tremores não têm potencial para causar estragos estruturais devido à baixa intensidade.
O fenômeno de tremores de terra em Caxias do Sul tem um histórico que remonta à década de 1980. Segundo especialistas, a acomodação geológica é comum na região, com registros anteriores em bairros como Castelo e Jardim América. Mesmo com a recorrência desses eventos, as autoridades mantêm a postura de que a situação não apresenta riscos graves, recomendando apenas a continuidade do monitoramento.