Justiça Eleitoral suspende redes sociais de Pablo Marçal por suspeita de abuso de poder econômico

A Justiça Eleitoral de São Paulo determinou a suspensão temporária dos perfis em redes sociais do candidato à prefeitura da capital paulista, Pablo Marçal, do PRTB. A decisão foi tomada pelo juiz Antonio Maria Patiño Zorz, da 1ª Zona Eleitoral, que atendeu a uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) movida pelo PSB, partido de Tabata Amaral. A ação questiona o uso indevido de redes sociais para monetização por meio de “cortes” de vídeos do candidato, o que poderia configurar abuso de poder econômico.

Marçal, em resposta à decisão, classificou a ação como uma perseguição e prometeu recorrer. Em uma live realizada antes da suspensão de seus perfis, ele criticou duramente o que chamou de “invenção jurídica” e convocou seus seguidores a questionarem a medida. O candidato ainda reforçou sua confiança em vencer as eleições no primeiro turno, afirmando que a decisão judicial aceleraria sua campanha.

O candidato aproveitou a transmissão ao vivo para atacar seus principais adversários, incluindo o atual prefeito Ricardo Nunes, que concorre à reeleição com o apoio de Jair Bolsonaro. Marçal acusou o “sistema”, composto tanto por políticos de direita quanto de esquerda, de tentar barrar sua candidatura. Ele garantiu que, mesmo com a suspensão de suas redes, continuará sua campanha com ainda mais força.

A campanha de Tabata Amaral comemorou a decisão da Justiça, destacando que a suspensão dos perfis de Marçal é um indicativo de que ele estaria utilizando recursos ilegais para promover sua candidatura. O PSB havia solicitado a abertura de um inquérito contra Marçal, alegando que ele pagava seguidores para distribuir conteúdo nas redes, o que seria uma prática desleal.

Por outro lado, Ricardo Nunes, apesar de ser alvo de críticas de Marçal, se posicionou contra a suspensão, defendendo que a regra deve ser igual para todos os candidatos. Em coletiva de imprensa, Nunes ressaltou a importância de investigar a legalidade dos recursos utilizados, mas manifestou sua posição contrária a qualquer forma de censura, desde que as regras sejam respeitadas por todos.

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