Três meses após a maior tragédia climática enfrentada pelo Rio Grande do Sul, mais de 8,4 mil quilômetros de rodovias estaduais já estão com o tráfego restabelecido. O número corresponde a 82% do total de trechos afetados pelas enchentes de abril e maio.
Responsável pela administração da maior parte dessa malha rodoviária, o Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) teve presença ativa desde as primeiras ações do governo do Estado no enfrentamento à catástrofe. A autarquia, que completa 87 anos de fundação neste domingo (11/08), participou do mapeamento dos pontos críticos, da execução de obras emergenciais e da elaboração de editais de licitação para a reconstrução de pontes e rodovias.
“Já nos primeiros dias da calamidade, acionamos nossas frentes de conservação de rodovias para darmos uma resposta imediata à sociedade. Nesse sentido, nosso quadro técnico fez uma análise logística com agilidade para desobstruir importantes rotas de abastecimento e socorrer cidades que ficaram isoladas”, detalha o diretor-geral do Daer, Luciano Faustino.
O departamento – vinculado à Secretaria de Logística e Transportes – deve iniciar este mês a contratação de empresas para a recuperação total de 30 trechos rodoviários elencados como prioritários pelo Estado no Plano Rio Grande. As construtoras selecionadas ficarão responsáveis tanto pelos projetos quanto pelas obras.
“É um regime especial de contratação, extremamente necessário nesta situação crítica que o estado enfrenta. Com a mobilização de todos, estamos superando etapas e conseguiremos iniciar as obras em pontes e estradas ainda neste segundo semestre”, projeta o secretário Juvir Costella.
Reestruturação em vista
Enquanto concentra as ações na recuperação da malha viária, o Daer vive a expectativa da reestruturação das carreiras dos servidores. Com a aprovação do projeto de lei do governo do Estado, o funcionalismo terá escala de promoções, com avanço salarial.
De acordo com o diretor geral Luciano Faustino, a medida busca valorizar os funcionários da autarquia e se adapta à mudança de atuação do departamento.
“O Daer, que antes era um órgão executor de obras, hoje atua como um gestor de contratos. Nesse contexto, essa restruturação vai nos permitir reter talentos e qualificar nosso quadro, com incentivos à progressão de carreira mediante desempenho”, avalia o dirigente.
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