A MetSul Meteorologia alerta para uma sequência de vários dias de instabilidade no Rio Grande do Sul que trará altos volumes de chuva para diversas regiões do estado com acumulados em algumas localidades bastantes altos, embora distantes dos extremos do fim de abril e o começo de maio.
O que vai ocorrer? Uma frente fria se aproxima e já induz instabilidade da tarde para a noite deste sábado em pontos do Oeste e do Sul gaúcho, talvez alcançando alguns poucos pontos do Centro do estado. A chuva, entretanto, será irregular e na maioria dos locais em que chover será pouco.
Neste domingo, a frente fria avança e estará sobre o Rio Grande do Sul com chuva em todas as regiões no decorrer do dia, embora de forma irregular e com alguns períodos de melhoria. Há risco de chuva mais forte e com maiores volumes na Metade Sul do estado.
Então, o bloqueio atmosférico associada a uma grande massa de ar seco e quente sobre o Brasil vai impedir o avanço da frente para o Norte com o sistema passando a semi-estacionário sobre o Rio Grande do Sul.
Isso fará com que a grande parte da semana que se iniciará tenha instabilidade no Rio Grande do Sul com sucessivos dias de chuva. Não chegará a chover o tempo todo e vão ocorrer momentos de melhoria, mas o tempo não vai chegar a firmar no território gaúcho.
Chove ainda na segunda-feira na maioria das áreas do estado, com baixos volumes na maior parte dos municípios. Na terça, a instabilidade volta a aumentar no Uruguai e áreas do Rio Grande do Sul adjacentes com a chuva mais concentrada no Oeste, Centro e o Sul gaúcho. Na quarta, chove em grande parte do estado com os maiores volumes no Oeste e no Sul.
Na quinta, uma massa de ar frio de muito forte intensidade vai começar a deslocar a frente rapidamente para o Norte com a chuva atingindo Santa Catarina, Paraná e partes do Mato Grosso do Sul e São Paulo, mas em parte do dia ainda pode chover com baixos volumes em áreas do Rio Grande do Sul.
O QUE ESPERAR DE VOLUMES DE CHUVA
Há um consenso entre os modelos de que os maiores acumulados de chuva devem se dar no Oeste, parte do Centro do estado e no Sul gaúcho enquanto na Metade Norte os acumulados de precipitação tendem a ser menores.
Os volumes em vários municípios do Oeste e do Sul do estado podem passar de 100 mm com alguns modelos indicando acumulados de precipitação tão altos quanto 150 mm a 200 mm, ou seja, mais do que a média de chuva de agosto inteiro em apenas poucos dias.
NÃO HÁ COMPARAÇÃO COM O CENÁRIO QUE TROUXE AS ENCHENTES
Enfatizamos que este episódio de chuva, embora com altos volumes, não tem qualquer comparação em gravidade com o do fim de abril e o começo de maio que trouxe as enchentes históricas no Rio Grande do Sul. Os volumes naquele evento excederam 500 mm em poucos dias em diversas cidades com acumulados de 700 mm a 800 mm em períodos de dez dias em algumas.
Apesar de não ser uma situação grave como a de três meses atrás, a chuva poderá causar transtornos em algumas cidades como alagamentos e subida de arroios e córregos com dificuldade de locomoção em estradas rurais. Mesmo a subida de rios no Sul gaúcho não pode ser afastada.