Um homem de 31 anos, acusado pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), foi condenado pelo Tribunal do Júri de Santa Maria por tentativa de feminicídio da ex-companheira, hoje com 33 anos, no dia 4 de outubro de 2019 no município da Região Central do Estado. Ele foi condenado a sete anos de prisão com cumprimento inicial no regime semiaberto, podendo recorrer em liberdade.
As qualificadoras foram motivo fútil e justamente o fato envolvendo questões de gênero. Logo após o crime, o réu foi preso pela Brigada Militar e ficou cerca de um ano detido. Conforme a denúncia do MPRS, “o denunciado chegou à residência onde morava com a vítima e, quando esta abriu a porta, a derrubou no chão, colocando a faca em seu pescoço e questionando onde ela havia estado naquele dia. A ofendida tentou correr até a porta, mas o denunciado conseguiu pegá-la pelo pescoço e machucá-la com a faca na região do rosto; a vítima ainda tentou fugir uma segunda vez, sendo novamente alcançada pelo denunciado, o qual jogou a vítima no chão e continuou a agredi-la”.
A vítima conseguiu fugir e foi socorrida por vizinhos. De acordo com laudo pericial, a mulher teve ferimentos de faca em uma das pernas.
ATENDIMENTO À VÍTIMA
A promotora de Justiça Caroline Mottecy Oliveira, que atuou em plenário pelo MPRS, diz que a vítima só foi ouvida pela polícia e, por ter saído da cidade, não foi encontrada para depoimento na fase de instrução. No entanto, dentro do projeto da instituição para acolhimento às vítimas de delitos, a promotora conseguiu encontrá-la e ouvi-la. Desta forma, Caroline disse que “a vítima se disponibilizou a dar o depoimento de forma virtual, um depoimento emocionante ao relatar tudo o que passou. Sempre é importante fazermos com que as vítimas, sobreviventes ou não, tenham voz nos processos”.
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