O influenciador digital Dilson Alves da Silva Neto, conhecido como Nego Di, teve seu pedido de habeas corpus negado pela Justiça, após ser preso no último domingo em Santa Catarina. A detenção ocorreu no âmbito de uma investigação sobre estelionato, conduzida pela Polícia Civil do Rio Grande do Sul. Atualmente, ele está detido na Penitenciária Estadual de Canoas (Pecan).
A prisão de Nego Di está relacionada a uma investigação que se estende por aproximadamente dois anos. As acusações giram em torno da venda de produtos pela sua loja online, Tá di Zuera, que não foram entregues aos compradores. O humorista alegou anteriormente ter sido vítima de estelionato por seu ex-sócio, Anderson Bonetti, afirmando que ele era o verdadeiro responsável pela operação da loja e que Nego Di fora contratado apenas para publicidade.
No entanto, segundo a Polícia Civil, há indícios de que Nego Di tinha conhecimento dos casos de estelionato. O inquérito policial analisou extensivamente material, incluindo 73 vídeos e 370 ocorrências policiais relacionadas a suspeitas de fraude. Em agosto de 2023, Nego Di foi indiciado junto com Anderson Bonetti, com a polícia solicitando suas prisões.
A decisão pela manutenção da prisão preventiva foi proferida pela juíza Patrícia Pereira Tonet, da 2ª Vara Criminal de Canoas, com base na argumentação do Ministério Público de que Nego Di e seu ex-sócio continuavam envolvidos em atividades criminosas e apresentavam riscos de fuga, especialmente após uma operação do Ministério Público em Santa Catarina, que investiga lavagem de dinheiro envolvendo o humorista e sua companheira.
A defesa de Nego Di, representada pelos advogados Ronaldo Eckhardt, Hernani Fortini, Jefferson Billo da Silva, Flora Volcato, Clementina Ana Dalapicula e Sofhia Rech Couto, emitiu uma nota afirmando que acredita na reversão da prisão preventiva após uma análise mais aprofundada do processo.
O influenciador segue detido enquanto Anderson Bonetti é considerado foragido pela polícia e está sendo procurado.
Informações POA24h.