Farroupilha: acusado pelo MPRS é condenado a mais de 28 anos de prisão por homicídio e estupro de idosa em brechó

O Tribunal do Júri de Farroupilha condenou na tarde desta quarta-feira, dia 24 de julho, a 28 anos e quatro meses de prisão um acusado pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) por homicídio qualificado e estupro de uma idosa, além de furto no brechó da vítima. O cumprimento inicial da pena do réu, que tem 20 anos de idade, é em regime fechado. Ele já se encontrava no sistema prisional logo após o crime, ocorrido no dia 10 de março de 2023.

Durante o julgamento, que iniciou nesta quarta-feira pela manhã, houve o depoimento de três policiais e o da filha da vítima. O réu ficou em silêncio durante o interrogatório. O promotor de Justiça Rodolfo Grezzana, que atuou pelo MPRS na acusação, diz que vai recorrer para aumentar ainda mais a pena do condenado. Segundo ele, todas as teses da instituição foram acolhidas pelo Conselho de Sentença. “Todos os quesitos foram favoráveis à tese do MPRS e a comunidade, por meio do corpo de jurados, deu uma resposta à altura com a condenação. Foi uma resposta firme, uma resposta adequada para um fato tão grave que chocou não só familiares, mas toda a cidade. Nesta quarta, a gente ainda podia ver a dor no rosto de parentes da vítima, mas, como eles mesmos me disseram, a justiça foi feita para amenizar o sofrimento”, diz o promotor.

O CRIME

No dia do fato, há pouco mais de um ano, o investigado entrou no estabelecimento comercial de Ana Diva Chagas da Silva, de 64 anos, que fica na área central de Farroupilha, como se tivesse interesse em comprar roupas. Mas, logo depois, ele agrediu a vítima com golpes de arma branca — uma faca e um banco — e ainda cometeu o abuso sexual. Antes de sair do local, furtou dinheiro, celular e outros objetos. A idosa, devido às agressões, acabou morrendo e teve o corpo encontrado pelo namorado, no dia seguinte. O condenado, com 18 anos de idade na época, foi preso uma semana depois em Santana do Livramento, na Fronteira Oeste. A denúncia do MPRS foi oferecida ao Poder Judiciário no dia 31 de março do ano passado e ainda houve um aditamento, com a inclusão de mais uma qualificadora do homicídio, no dia 30 de maio de 2023. A vítima deixou uma filha e companheiro.

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