Cometa que passa uma vez a cada 69 anos cruza o céu neste fim de semana

O cometa 13P/Olbers, que completa sua órbita ao redor do Sol a cada 69 anos, atingirá seu brilho máximo neste sábado, dia 6 de julho. Apesar da grande expectativa, o evento não poderá ser observado em Santa Catarina, conforme explica o astrônomo Jocimar Justino da estação de monitoramento de Monte Castelo.

Embora os catarinenses percam a oportunidade de presenciar esse espetáculo cósmico, o cometa será visível em outras regiões do Brasil, especialmente nas áreas Norte e Nordeste, que oferecem condições ideais de observação devido à menor poluição luminosa. Para os afortunados que se encontram nessas localidades, o astrônomo Jocimar Justino recomenda o uso de binóculos ou telescópios para uma experiência ainda mais completa, especialmente durante a noite.

O cometa 13P/Olbers, descoberto em março de 1815 pelo astrônomo alemão Heinrich Wilhelm Matthias Olbers, é classificado como um cometa do tipo Halley. Cometas, em geral, são compostos por gases congelados, rochas e poeira, e se tornam mais ativos à medida que se aproximam do Sol. Esse processo de aquecimento transforma o gelo em gás, conhecido como sublimação, e cria a característica cauda luminosa que os define.

Além do brilho máximo do cometa 13P/Olbers, os entusiastas da astronomia terão outro evento para se deliciar em julho: a chuva de meteoros Delta Aquáridas, que ocorre anualmente entre 12 de julho e 23 de agosto. O pico de atividade da chuva neste ano será na noite de 31 de julho, quando será possível observar até 20 meteoros por hora. A chuva de meteoros Delta Aquáridas do Sul terá origem na constelação de Aquário.

Para os amantes da astronomia que desejam se programar para observar outros eventos celestes em julho, o guia de efemérides do Observatório do Valongo, da UFRJ, preparou um calendário com os principais acontecimentos:

  • 1/7: Conjunção da Lua e Marte antes do amanhecer, na constelação de Áries.
  • 2/7: Conjunção da Lua com as Plêiades antes do amanhecer, na constelação de Touro.
  • 3/7: Conjunção da Lua e Júpiter antes do amanhecer, na constelação de Touro. Lua, Júpiter e Aldebaran formarão um trio celeste.
  • 5/7: A Terra atinge seu afélio, o ponto mais distante do Sol.
  • 6/7: Brilho máximo do cometa 13P/Olbers, visível com binóculos em céus escuros no início da noite, na constelação de Lince.
  • 7/7: Conjunção da Lua, Mercúrio e o aglomerado estelar Presépio (M 44) no início da noite, a oeste, na constelação de Câncer.
  • 15/7: Conjunção de Marte e Urano antes do amanhecer, na constelação de Touro, com Urano visível apenas com binóculos em céus escuros.
  • 19/7: Marte passa próximo ao aglomerado das Plêiades durante a madrugada, na constelação de Touro.
  • 21/7: Melhor momento para observar Mercúrio, visível no início da noite, a oeste, ao lado da estrela Regulus, na constelação de Leão.
  • 24/7: Conjunção da Lua e Saturno, visíveis a leste, na constelação de Aquário, após 21h30.
  • 30/7: Conjunção da Lua, Marte e Júpiter durante a madrugada, na constelação de Touro, formando um quarteto celeste com Aldebaran. Máxima atividade da chuva de meteoros Delta Aquáridas, visível a partir de 21h.

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